sábado, 5 de fevereiro de 2011

Seis planetas e 54 ‘Terras’ possíveis

Chegou ontem a notícia: a missão Kepler descobriu candidatos a planeta do tamanho da Terra e, mais ainda, os primeiros que estão na zona habitável de uma estrela! Resultados mais do que aguardados pelos astrônomos do mundo inteiro. Isso porque a missão espacial Kepler da NASA foi concebida na década de 1990 justamente com o intuito de detectar planetas que tivessem o tamanho da Terra e, por isso, deveriam ser rochosos.

Basicamente, hoje existem duas maneiras de detectar planetas fora do Sistema Solar, os exoplanetas. A primeira delas é baseada no “bamboleio” que os planetas provocam na estrela ao se movimentarem ao redor dela. Conforme a configuração nas órbitas, os planetas puxam mais ou menos a estrela e isso provoca um movimento sutil que pode ser detectado através de espectroscopia. Esse método funciona bem para detectar grandes planetas, que provocam grandes puxões nas estrelas.

A outra maneira é através de trânsitos, que nada mais são do que pequenos eclipses. Neste caso é preciso observar uma estrela por muito tempo, esperando por variações sutis de brilho. Toda vez que um planeta passa na frente da estrela, o brilho diminui. Muito sutilmente, mas diminui. Para descartar confusões – por exemplo, uma variação natural da própria estrela – é preciso observar pelo menos três desses trânsitos. Quando isso acontece, um candidato a planeta foi descoberto.

A detecção direta de um planeta, ou seja, a observação de um planeta em uma imagem é outra possibilidade. Mas ainda é muito difícil de ser implementada: o brilho da estrela é muito maior que o brilho do planeta e ele acaba ofuscado. Mas estamos progredindo nisso também!

A missão Kepler, depois de vários meses observando as constelações do Cisne e da Lira, encontrou uma estrela batizada de Kepler-11 (a uma distância de 2.000 anos-luz) e mostrou o mais impressionante sistema planetário já descoberto. A Kepler-11 é uma das 156 mil estrelas do tipo solar que serão monitoradas durante pelo menos 3 anos e meio.

A demora é fundamental, pois o objetivo é achar um planeta com as mesmas características que a Terra, que leva um ano para completar uma órbita. Para se fazer uma detecção segura de uma gêmea terrestre, são necessários no mínimo 3 anos de observações.

Em Kepler-11, foram achados seis possíveis planetas, cinco deles confinados em órbitas que caberiam dentro da órbita de Mercúrio. Na verdade, todo o sistema caberia dentro da órbita de Vênus.
Esses cinco planetas mais interiores devem ter, de acordo com modelos numéricos, massas entre 2,3 e 13,5 vezes a da Terra. O sexto planeta deve ser bem parecido com Urano ou Netuno em termos da massa, mas isso é apenas especulação, pois o modelos usados não forneceram resultados satisfatórios nesse caso. Aliás é bom que se diga, são resultados de modelos.

A descoberta precisa ser confirmada com meios mais diretos que simulação numérica e já há campanhas observacionais programadas para daqui a um ano com esse objetivo.

Impressiona também os números da missão. Até agora, a missão Kepler já descobriu 1.235 candidatos a planetas desde que foi lançada, em março de 2009 (confirmados são apenas 15). Desses planetas, 68 são aproximadamente do tamanho da Terra, 288 são chamados de “super Terra” pois são maiores que a Terra, mas ainda são menores que Netuno, portanto ainda podem ser rochosos.

Cinquenta e quatro planetas foram encontrados na zona habitável, que é a região em volta da estrela onde é possível encontrar água líquida em um planeta. Desse total, 5 candidatos têm o tamanho aproximado da Terra e são esses candidatos que serão prioridade nos próximos anos.

O que era ficção científica há 20 anos, hoje é uma realidade muito agradável. Como disse William Borucki, da Nasa, nós saímos do zero para 54 candidatos na zona habitável! E os resultados têm mostrado que aproximadamente 20% das estrelas têm sistemas planetários e que, na maioria das vezes, são sistemas com múltiplos exoplanetas. Isso significa que deve existir muito mais astros do que antes se imaginava.

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Pulga d'água tem maior número de genes entre espécies animais

Crustáceo possui 31 mil genes; em humanos, o número é de 23 mil.

Quase microscópio, é o primeiro crustáceo a ter DNA mapeado.

Um estudo divulgado pela revista "Science" nesta quinta-feira (3) revelou o maior genoma entre todas as espécies animais já estudadas no mundo: o crustáceo de água doce pulga d'água (Daphnia pulex), quase microscópico, com 31 mil genes - 8 mil a mais que os humanos.

O crustáceo é o primeiro a ter o seu DNA completamente mapeado. Os responsáveis pela façanha foram os membros de um grupo de cientistas conhecido como Daphnia Genomics Consortium. O projeto conta com a participação do Departamento de Energia norte-americano.

A espécie é estudada há anos pelo papel importante que desempenha em cadeias alimentares aquáticas e pela capacidade de adaptação a estresses nos ambientes em que vive. O invertebrado também chama a atenção por conseguir se reproduzir, em condições extremas, sem a necessidade de um indivíduo macho.
Mais de um terço dos genes do crustáceo não foram documentados em nenhuma outro organismo, sendo completamente novos para a ciência. Entre os invertebrados já sequenciados, é a espécie com mais genes compartilhados com humanos.

O animal está virando modelo para um campo de estudos da ciência conhecido como genômica ambiental, que tem o objetivo de conhecer como genes e o ambiente interagem.

As semelhanças com o genoma humano e a capacidade de adaptação a ambientes extremos torna importante o estudo do DNA da espécie Daphnia pulex, segundo os cientistas. O animal é usado como um "sensor aquático", podendo servir para medir como mudanças no ambiente afetam os seres vivos - inclusive humanos - em níveis molecular e celular.

A aplicação do conhecimento sobre os genes do crustáceo e a relação com o meio ambiente passa desde a manutenção de recursos hídricos até a estudos sobre saúde humana, especialmente para avaliar a extensão do dano de poluentes químicos em águas poluídas às pessoas.


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Pendrives personalizados no melhor estilo linhas aéreas

Há quem prefira manter a linha tradicional e usar um pendrive preto, básico, nada muito chamativo. Tudo bem, há ainda os que se arriscam um pouquinho mais comprando um azul, vermelho ou rosa. Mas, se você faz mais a linha "sou moderno", é daqueles que gostam de inovar e mostrar que tem estilo e beleza, USB Wings é perfeito para você!

São diversos modelos para escolher e fazer seu computador "voar". Você não vai passar despercebido com um pendrive personalizado com a bandeira dos Estados Unidos, do Canadá, Reino Unido ou com o símbolo da Pepsi, entre outras marcas visualmente atrativas.

Além do apelo visual, USB Wings é funcional, possui versão com 4GB de espaço e de até 32GB. Os preços variam de US$ 53 a US$ 120. É mais caro do que um pendrive normal, mas é a oportunidade de inovar e ter um pendrive muito simpático!




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Descubra, celulares derrubam aviões?

Não existe coisa mais chata do que encarar uma longa viagem de avião sem ter o que fazer. Entre as causas de irritação estão o pouco espaço para as pernas, passageiros sem educação, serviço de bordo precário e, principalmente para um geek, a impossibilidade de utilizar o celular, seja para navegar ou fazer chamadas. Mas o aparelho é realmente tão maléfico para os instrumentos de uma aeronave?

Especialistas norte-americanos afirmam que não. Afinal, não é raro que passageiros esqueçam os telefones ligados e só percebam depois de aterrissar tranquilamente, sem que o avião tenha se transformado em bolas em chamas caindo do céu.

Não há nenhuma prova da interferência, um temor que já dura 20 anos. A regra norte-americana que proíbe o uso de celulares sequer é uma lei federal. O Federal Communications Commission (FCC), agência norte-americana que regula o setor de comunicações (semelhante a Anatel), chegou a realizar uma investigação em 2004, mas a pesquisa foi abandonada três anos depois, alegando ainda não ter informações suficientes.

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