sábado, 12 de novembro de 2011

Twitter abrirá dados de contas de membros ligados ao site Wikileaks

Um tribunal da Virginia, nos Estados Unidos, deu finalmente a ordem ao site de microblogging Twitter para abrir o histórico de três contas de usuários a investigadores federais. Jacob Appelbaum, Rop Gonggrijp e Birgitta Jonsdottir são ligados ao Wikileaks, organização encabeçada por Julian Assange responsável pelo vazamento de inúmeros documentos secretos do governo americano, e o pedido feito em dezembro se justifica pela suspeita de que o Twitter detém informações "relevantes e importantes para uma investigação criminal em andamento", segundo documento da época.

O tribunal regional da Virginia rejeitou um pedido formal dos três suspeitos de garantir a privacidade de seus endereços de IP. Após uma série de apelações judiciais ao longo do ano, o argumento contrário definitivo do juiz Liam O’Grady se baseou na premissa de que todos os usuários do Twitter se cadastram “voluntariamente” no site e aceitam os Termos previstos na Política de Privacidade do site, que diz: “Podemos preservar ou divulgar as suas informações se considerarmos necessário para o cumprimento da lei, regulamentação ou solicitação legal”.

Em dezembro do ano passado, após o pedido feito ao Twitter, Julian Assange se pronunciou e atacou os solicitantes: “Se o governo do Irã tentasse obter essa informação coercitivamente de jornalistas ou ativistas de países estrangeiros, grupos de direitos humanos de todo o mundo se pronunciariam”, reclamou.

Uma das pessoas que tiveram as informações de conta liberadas é uma parlamentar. Birgitta Jonsdottir discursa em favor do Wikileaks em seu país, a Islândia, onde foi eleita para o parlamento nacional em 2009. Sobre a decisão, ela se pronunciou, por meio de um comunicado oficial da Electronic Frontier Foundation (EFF):

“Com esta decisão, o tribunal está dizendo a todos os usuários de ferramentas on-line hospedado em que os EUA o governo dos EUA terá acesso aos seus dados secretos (…) Estou muito decepcionada com a decisão de hoje porque é um retrocesso enorme para os Estados Unidos”, disse Jonsdottir.


Fonte: Estadão.com.br

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