Manifestantes fazem protestos contra o SOPA nos EUA
Centenas de manifestantes saíram às ruas de Nova York e São Francisco nesta quarta-feira para protestar contra os projetos de lei em andamento no Congresso americano que pretendem dar um basta na pirataria online, mas opositores acusam de serem uma forma de censura na internet. O protesto em Nova York aconteceu em frente aos escritórios dos senadores Charles Schumer e Kirsten Gillibran, apoiadores dos projetos. Em São Francisco, na Califórnia, a concentração se deu em frente à prefeitura.
Os manifestantes denunciaram a influência do dinheiro da indústria do entretenimento e de lobistas para que as leis fossem para a frente. "Essas leis são como um monstro em um filme de terror série Z que continua voltando e temos de colocar uma estaca em seu coração", afirmou o presidente da Internet Society de Nova York, David Solomonoff.
Os protestos ganharam as ruas no mesmo dia em que mais de 10 mil sites realizaram ações em protesto contra o Stop Online Piracy Act (SOPA) e o Protect Intellectual Property Act (PIPA). A versão em língua inglesa da Wikipédia ficou todo o dia fora do ar, enquanto o Google exibiu uma tarja preta em sua página inicial. No Brasil, sites como o do Instituto de Defesa do Consumidor, da Turma da Mônica e do músico Gilberto Gil saíram do ar em protesto aos projetos americanos.
Entenda os projetos
O SOPA de lei permitiria ao Departamento de Justiça dos EUA investigar, perseguir e desconectar qualquer pessoa ou empresa acusada de disponibilizar na rede sem permissão material sujeito a direitos autorais dentro e fora do país. A lei obrigaria aos sites de busca, provedores de domínios e empresas de publicidade americanas a bloquear os serviços de qualquer site que esteja sob investigação do Departamento de Justiça por ter publicado material violando os direitos de propriedade intelectual. Estes provedores, que estão todos nos EUA, teriam que cumprir os pedidos do Departamento de Justiça para evitar serem eles os afetados pela regulação.
Além do Sopa, corre no Senado americano um projeto semelhante, o Protect Intellectual Property Act (PIPA). Os projetos propõem penas de até cinco anos de cadeia para pessoas condenadas por compartilhar material pirateado dez ou mais vezes ao longo de seis meses. As propostas também preveem punições para sites acusados de "permitir ou facilitar" a pirataria. Estes podem ser fechados e banidos de provedores de internet, sistemas de pagamento e anunciantes, em nível internacional. Em tese, um site pode ser fechado apenas por manter laços com algum outro site suspeito de pirataria.
Fonte: Terra
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